De acordo com o jornal britânico Daily Mail, este sensor é capaz de identificar alterações nos níveis dos gases vulcânicos, como o dióxido de carbono e o óxido sulfúrico. Esses dados podem ser enviados, em tempo real, para uma base de dados de modo a ajudar a prever se a atividade registada no vulcão causará uma erupção num curto espaço de tempo.
Este é um avanço inédito que pode mudar o curso de vida dos cerca de 500 milhões de pessoas que residem em localidades próximas de vulcões, já que hoje em dia “não é possível monitorizar com precisão o que se passa no interior de um vulcão e a maior parte das informações é recolhida após uma erupção”, segundo explicou Alton Horsfall, coordenador da investigação.
O sensor desenvolvido pelos cientistas de Newcastle é composto por uma mistura de silício com carbono, materiais similares aos que são usados na construção de aviões e que têm a capacidade de resistir a temperaturas extremamente altas.
A equipa está neste momento a tentar adaptar esta tecnologia a um dispositivo com o tamanho de um iPhone, para que possa ser aplicado noutros locais além de vulcões. A equipa está ainda a desenvolver um micro-veículo para a recolha de dados sobre o meio ambiente em lugares remotos.
“Se alguém disparar uma bomba subterrânea, por exemplo, o aparelho pode informar com precisão o que aconteceu antes de ser enviada uma equipa”, concluiu Horsfall, em declarações ao Daily Mail.