“Estou a caminho de Valência (cidade), tenho em meu poder o documento que anula completamente o decreto de resgate do meu terreno por parte do Estado”, afirmou em declarações à Agência Lusa.
O português, que vive há 26 anos na Venezuela, apelou ao governo português que intercedesse junto dos seus homólogos venezuelanos e zelassem pelos seus direitos.
Esta quarta-feira suspendeu a greve de fome para se reunir em Caracas com o ministro venezuelano da Agricultura e Terras, Juan Carlos Loyo, que lhe prometeu revogar a medida de confiscação das propriedades.
Debilitado pelos três dias de greve de fome, explicou que a reunião com Juan Carlos Loyo decorreu num ambiente de respeito e de diálogo “muito proveitoso”.
Declarou-se agradecido ao Governo português, nomeadamente ao cônsul geral de Portugal em Valência, António Chrystêllo Tavares, pelo apoio prestado.
Durante a greve de fome, Francisco Alves recebeu manifestações de solidariedade da comunidade lusa, da Câmara Venezuelana Portuguesa de Comércio e Turismo e da imprensa venezuelana e internacional.
Natural de Vila Franca de Xira, Francisco Alves Félix dedica-se à atividade metalúrgica e instalações industriais.