“É um momento de felicidade para todos nós, porque a Calantha chegou àquela que poderá ser a sua praia de origem, e a sua libertação no meio selvagem teve um final feliz”, disse ao Correio da Manhã Élio Vicente, técnico do Zoomarine.
Calantha esteve 25 anos em cativeiro num tanque do Aquário Vasco da Gama. Passou outros cinco em recuperação no Centro de Reabilitação de Espécies Marinhas do Zoomarine para reaprender a viver no mar.
Aí foi-lhe ensinado técnicas de captura de peixe para se poder alimentar, pode exercitar melhor a musculatura e foi-lhe ensinado que se devia afastar dos humanos.
Em Setembro foi lançada ao mar com 128, 5 quilos e tem sido seguida atentamente pelos técnicos do Zoomarine graças ao transmissor colocado na carapaça desta tartaruga da espécie Caretta caretta.
De acordo com as informações, a tartaruga terá seguido “quase em linha recta, mesmo contra a corrente, e não se deixou arrastar”, explicou o mesmo biólogo.
Os investigadores acreditam assim que o animal terá traçado um percurso para “um local específico, o que, a confirmar-se, constituirá mais uma importante contribuição para o conhecimento da espécie”.
A viagem de 332 dias poderá ainda não ter chegado ao fim. Calantha pode seguir para o Mar das Caraíbas, Bahamas ou Brasil. A melhor notícia seria agora saber se irá reproduzir-se, uma esperança que significaria a continuação da espécie.