Para isso, os médicos criaram uma prótese de silicone desenhada com base em imagens 3D da orelha do doente que foi inserida na região do antebraço esquerdo – uma zona com pele fina e pouca pilosidade, que tem também uma boa irrigação vascular.
Ali, na zona do antebraço, nasceu assim uma orelha com tecido do próprio paciente que perdeu aquele órgão do sistema auditivo na sequência de um acidente de viação.
Dois meses depois, os cirurgiões recortaram o retalho do braço e transplantaram a nova orelha para o local indicado, numa cirurgia que se prolongou por oito horas que envolveu enxertos de veias, nervos e artérias “para permitir que a orelha possa recuperar a sensibilidade”, explica Ricardo Horta, cirurgião responsável por esta intervenção.
Dentro de três meses serão realizadas mais uma ou duas cirurgias de revisão do contorno, para melhorar os resultados finais.
Notícia sugerida por António Resende