Cerca de metade da população empregada demora menos de 15 minutos no trajeto de casa ao local de trabalho, revela um inquérito do INE sobre a ?Organização do trabalho e do tempo de trabalho? divulgado esta sexta-feira.
Cerca de metade da população empregada, em Portugal, demora menos de 15 minutos no trajeto de casa ao local de trabalho, revela um inquérito do INE sobre a “Organização do trabalho e do tempo de trabalho” divulgado esta sexta-feira.
O inquérito foi realizado ao longo de três meses e teve por alvo as 4.580 mil pessoas empregadas, nesse período de tempo, em Portugal, com mais de 15 anos de idade. O objetivo do inquérito é analisar três temas “flexibilidade do horário de trabalho, métodos e organização do trabalho e local de trabalho”.
Os dados foram recolhidos e processados para que o país possa “dispor de informação abrangente e comparável ao nível da União Europeia sobre a organização do trabalho e do tempo de trabalho, de modo a acompanhar os progressos no cumprimento dos objetivos comuns da estratégia Europa 2020”, lê-se na introdução do artigo que acompanha o inquérito do INE.
De acordo com os dados recolhidos, 51,3% dos portugueses empregados, cujo local de trabalho são as instalações da empresa ou do negócio, demoram menos de 15 minutos a percorrer o trajeto casa-trabalho, sendo as mulheres as que assinalam de forma mais expressiva esta duração da deslocação (52,4%, contra 49,8% no caso dos homens).
O inquérito revelou, no entanto, que esta duração diminui à medida que a idade do empregado aumenta (69,9% das pessoas com 65 e mais anos, em contraste com 45,1% daquelas dos 15 aos 24 anos), “pelo que será possível admitir que, com o desenrolar das suas carreiras profissionais, os trabalhadores optem por ajustar o local de emprego ou o local de residência no sentido da maior proximidade.
Pouca flexibilidade de horário
Nos outros sub-temas em análise, os dados são menos positivos, com quase 70 por cento da população empregada a afirmar que não tem liberdade para determinar o seu horário de trabalho diário.
Esta situação é mais frequente entre as mulheres, uma vez que em 71,5% dos casos é a entidade patronal, os clientes ou disposições legais que estabelecem o seu horário de trabalho. Em relação aos homens, essa percentagem desce para 62,2%.
75% dos licenciados sente pressão laboral
No subtema que analisou os métodos e a organização do trabalho, o inquérito revelou que mais de 75% dos trabalhadores que complementam o ensino superior sentem pressão para terminar tarefas ou para tomar decisões dentro de prazos considerados insuficientes (75,9%).
As autoras do inquérito sugerem que isto acontece “devido às funções profissionais exercidas por cada grupo”.
Aceda aqui ao artigo do INE
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