O filme tem a duração de 68 minutos e foi rodado para ser exibido apenas após a morte do realizador. As vozes são as de Diogo Dória e Teresa Madruga, apresentando um guião de Agustina Bessa-Luís, escritora muito admirada por Manoel de Oliveira.
Para além deste filme, o realizador transpôs para a sétima arte outras obras da escritora: Francisca (1981) ou Vale Abraão (1993), são exemplo de filmes que seguem esse padrão.
A exibição tem entrada gratuita, limitada aos lugares existentes, e é promovida pela Câmara Municipal do Porto, a pedido da família do cineasta. Os bilhetes (máximo dois por pessoa) poderão ser levantados a partir das 17h30, do dia 4 de maio, na bilheteira do Teatro Municipal do Rivoli.
O portal de notícias do Porto, gerido pela autarquia, divulga declarações do diretor da Cinemateca Portuguesa, José Manuel Costa, sobre o filme, uma vez que foi ali que a película de Manoel de Oliveira esteve guardada mais de trinta anos.
Após a morte do cineasta, José Manuel Costa contou que o filme “começa por ser uma referência à casa onde vivia, que teve de deixar por vicissitudes da sua vida. Tem um caráter pessoal e foi por isso que ele pediu para só ser divulgado amplamente depois do seu falecimento”.
Segundo o responsável da Cinemateca Portuguesa, Manoel de Oliveira quis reservar a exibição para depois da morte, não porque quisesse ocultar qualquer facto, mas por que o filme acaba por ser uma espécie de memória pessoal e íntima.
Notícia sugerida por Maria da Luz