Foi a própria Helena, que decidiu contactar o Papa, numa altura em que a pintora portuguesa estava a passar um momento difícil a nível pessoal. “Estava a ver uma reportagem que fazia uma retrospetiva do primeiro ano de pontificado, das causas que ele tinha abraçado, as suas consequências(…)”.
Foi nesse momento que, “naquele fervilhar dei por mim a pensar:' Vou-lhe escrever'. Aí, fui direita ao atelier, e comecei a escrever”, conta Helena à Agência Ecclesia.
Na missiva, a pintora, que está agora a frequentar a catequese para adultos, pediu ao Santo Padre que lhe “desse uma luz, uma orientação”.
O pedido foi atendido e, um ano depois, Helena recebe uma carta do Vaticano a perguntar-lhe se aceitaria ser batizada por Francisco na noite da vígilia pascal, visto que a pintora ainda não é batizada.
A pintora conta ainda que o líder da Igreja lhe disse “que iria rezar” por Helena, de forma a que “a luz chegasse à sua vida”. Para agradecer o gesto, a mulher pintou um quadro com o retrato de Francisco, que lhe será entregue durante o batismo.
Helena prepara-se para a cerimónia na paróquia da Cova da Piedade, onde também integra a catequese de adultos. “Quero-lhe pedir desculpa pela ousadia e audácia em pedir-lhe para receber a sua benção mesmo sem nunca ter sido batizada até agora”, explica Helena à mesma agência.
“Isto é uma coisa tão simples, mas tem uma grandeza que me transcedeu. Só a postura do Papa Francisco, já de si acho que toca almas e corações”.
“Ele puxa as pessoas, tem uma magnetismo muito grande, puxou-me a mim e agora quero puxar mais gente” para se juntar á vida cristã, defende Helena que acredita que a atitude de Francisco ajuda a criar “uma Igreja diferente”.
Notícia sugerida por Maria Pandina