Sociedade

Lisboa considerada a nova capital cultural da Europa

"Se Hemingway escrevesse na atualidade, não estaria a escrever em Paris, em Berlim ou em Madrid. Estaria a escrever em Lisboa". A garantia é dada por um cronista norte-americano, que descreve a cidade portuguesa como a nova capital cultural europeia.
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“Se Hemingway escrevesse na atualidade, não estaria a escrever em Paris, em Berlim ou em Madrid. Estaria a escrever em Lisboa”. A garantia é dada por um cronista norte-americano, Eric Macklin, que, num artigo publicado a semana passada no site de notícias “Elevated Today”, descreve Lisboa como a nova capital cultural da Europa.
 
Levando a melhor sobre as mais populares cidades europeias, “que foram esmagadas por multinacionais e 'máquinas' empresariais americanas”, a capital portuguesa “continua a manter-se fiel a si mesma, com teimosia e orgulho” e tem-se transformado no novo centro de cultura do Velho Continente, onde “as mentes artísticas da nova geração se reúnem e partilham inspirações”.
 
Eric Macklin conta que só recentemente teve a oportunidade de visitar Portugal graças ao incentivo de um amigo lisboeta e, por essa razão, deixa um pedido de desculpas ao povo lusitano. “Tinha apenas uma vaga ideia de que Portugal existia. Era um país de que tinha ouvido falar, mas nada mais. Errei profundamente ao privar-me de um local assim durante tanto tempo”, admite o norte-americano. 
 
Aquilo que esperava encontrar – um país a caminhar em espiral para o abismo devido às dificuldades económicas, tal como retratam as televisões – acabou por ser, porém, “completamente diferente” daquilo que o recebeu, escreve Macklin. 
 
Acompanhado do amigo Amílcar, o cronista passeou por locais icónicos da capital portuguesa como o Saldanha ou o Bairro Alto. “Desde que saí da estação [de metro] do Saldanha, fiquei impressionado com o movimento e a vivacidade da cidade. Tudo nela é arte – das estátuas aos 'graffitis' que decoram as ruas estreitas de Alfama”, elogia.
 
Segundo Macklin, a recessão económica parece, ao contrário do que se poderia pensar, ter até funcionado como “catalista” para esta revolução cultural. “Muitos artistas e escritores, incapazes de encontrar trabalho, decidiram mudar-se para a economia cultural e a cidade está a apoiá-los”, destaca. 

 
O norte-americano chama ainda a atenção para a cena musical lisboeta, que “está a florescer” com colaborações inesperadas como as de DJ's e fadistas que “formam novos sons que ecoam ao longo das magistrais margens do rio Tejo”. 

Cidade barata e com um coração “fortemente português
 

O facto de a cidade ser “incrivelmente barata” para os estrangeiros parece ser outra razão para os conquistar cada vez mais, afirma Macklin. “É possível viver em Lisboa com muito pouco, o que é atraente para escritores e artistas que têm orçamentos limitados”, realça, acrescentando que a cidade é também “virtualmente desconhecida”, o que faz com que a quantidade de turistas seja muito inferior à de outras capitais europeias.
 
“O coração da cidade continua a ser fortemente português e os cafés e restaurantes ainda são ricos em autenticidade”, refletindo “as raízes tradicionais de Portugal”, nota, também, o cronista, frisando que, na capital portuguesa, em vez de um 'latte', o que se bebe é um galão e um “típico” pastel de nata. 
 
“Esqueçam os Campos Elísios – Hemingway teria descido a longa Avenida da Liberdade, gloriosamente decorada com árvores e que, desfrutando da vista e dos sons absorventes da cidade de Lisboa”, finaliza Macklin.

Clique AQUI para aceder ao artigo publicado na Elevated Today (em inglês). 

Notícia sugerida por Maria da Luz

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