Ambiente

Cientistas descobrem nova espécie em mar português

Um grupo internacional de cientistas anunciou ter descoberto uma nova espécie marinha no Mediterrâneo e em áreas próximas do Atlântico, uma das quais em mar português, que é uma fonte relevante de silício, fundamental para a sobrevivência oceânica.
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Um grupo internacional de cientistas anunciou ter descoberto uma nova espécie marinha no Mediterrâneo e em áreas próximas do Atlântico, uma das quais em mar português. O achado é particularmente importante porque a espécie em causa, uma esponja de cristal, é uma fonte relevante de silício, um dos nutrientes básicos para a sobrevivência dos oceanos.

De acordo com os especialistas do Instituto Mediterrâneo de Biodiversidade Marinha e Terrestre e Ecologia em Marselha (França) da Universidade de Victoria (Canadá) e da Oceana, a maior organização internacional de conservação dos oceanos, esta nova espécie de esponja mede entre 8 e 14 centímetros e é encontrada em águas com profundidade entre os 350 e os 500 metros.

Um estudo publicado recentemente na revista científica Journal of the Marine Biological Association of the United States adianta que, além de esta ter sido detetada no Mediterrâneo, foram encontrados vários exemplares da espécie, batizada Sympagella delauzei, em áreas do Atlântico, nomeadamente no monte submarino de Gorringe, pertencente à Zona Económica Exclusiva portuguesa e localizado a cerca de 200 quilómetros do Cabo de São Vicente, em Sagres.

“Estas descobertas, a par da análise desta espécie de esponja de cristal no Mediterrâneo, mostra-nos o que deve ser tido em consideração no que toca à sua proteção”, explica, em comunicado divulgado pela Oceana, Ricardo Aguilar, coautor do estudo e diretor de investigação daquela organização.

O responsável acrescenta que “estudos anteriores provaram que as esponjas de cristal são uma fonte importante de silício, um dos nutrientes básicos dos oceanos”, o que justifica a relevância deste trabalho, no âmbito do qual os investigadores conduziram, também, uma revisão da distribuição de cerca de uma dezena de outras espécies do Mediterrâneo.

Com base nos achados atuais, informa ainda o comunicado da organização, a equipa envolvida na investigação acredita que é possível que, apesar de preferir águas frias, a espécie exista, também, em áreas como o Norte de África e a Macaronésia (nome dado aos vários grupos de ilhas do Atlântico Norte).

“A presença de uma nova espécie de esponja de cristal aumenta o valor dos locais onde foi encontrada”, como o canhão de Valinco, na Córsega, e os bancos de Avempace, Avenzoar, Catifas, Cabliers, Tofiño e Chella, situados no Mar de Alborán, finaliza a Oceana.

Clique AQUI para aceder ao estudo que dá conta desta descoberta (em inglês).

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