Ambiente

EUA: Exército deixa de usar animais para treino médico

A partir de 1 de Janeiro do próximo ano, o Exército dos EUA vai deixar de utilizar animais vivos em experiências e treinos de situações de combate e trauma destinados a médicos e outros profissionais de saúde.
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A partir de 1 de Janeiro do próximo ano, o Exército dos EUA vai deixar de utilizar animais vivos em experiências e treinos de situações de combate e trauma destinados a médicos e outros profissionais de saúde, pretendendo-se substituir esta prática pela utilização de simuladores avançados.
 
O anúncio foi feito em Novembro pelo Pentágono, que revelou que esta alteração na política militar, noticiada, em primeira mão, pelo jornal norte-americano The Boston Globe, vai substituir os animais por manequins e simuladores realistícos do corpo humano.

A alteração era já há muito tempo solicitada pelos ativistas, em particular os da organização não-governamental PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), que tem desenvolvido vários esforços no sentido da eliminação do uso de animais neste contexto.
 

Numa nota divulgada em Maio, Jonathan Woodson, assistente da secretaria da Defesa e da Saúde dos EUA, afirmou que o uso de animais por parte do Exército tem como objetivo “preparar o pessoal médico para cuidar dos feridos”, mas apelou “à redução do uso de animais vivos”. 
 
Woodson defendeu, à data, que existem “modelos de simulação humana suficientes para satisfazer as necessidades em termos de educação e treino”. Estas recomendações foram, agora, seguidas pela secretaria de Estado responsável, uma conquista que a PETA considera uma enorme vitória em nome dos direitos dos animais. 
 
“Esta é a primeira vez que é estabelecida uma grande mudança quanto ao uso de animais em todo o Departamento de Defesa”, congratula-se Justin Goodman, da PETA. “Estamos na presença de uma situação em que o uso de animais vai ser completamente proibido numa série de áreas fundamentais do treino médico”, realça o responsável. 
 
Em comunicado, a PETA destaca que “os simuladores avançados [que vão ser utilizados] vão preparar melhor o pessoal médico para o tratamento de soldados feridos e evitar que inúmeros animais sejam cortados aos pedaços, torturados com tubos de plástico e submetidos a outros tantos procedimentos invasivos e, muitas vezes, mortais”. 
 
Com a aplicação da nova regra, que entra em vigor a 1 de Janeiro, as práticas do Exército ao nível do treino médico vão passar a estar em concordância com as da grande maioria da comunidade médica civil nos EUA, onde 98% dos programas de treino das faculdades de medicina já não utilizam animais. 
 
Anualmente, estima-se que o Exército dos EUA use, em média, 8.500 animais vivos (maioritariamente porcos e cabras) no âmbito dos seus programas de formação médica.

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