O Investigador português Diogo Sousa Martins foi, esta semana, galardoado com o prémio CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, atribuído pela Agência Brasileira de Fomento à Pesquisa, graças à sua tese de doutoramento.
O Investigador português Diogo Sousa Martins foi, esta semana, galardoado com o prémio CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, atribuído pela Agência Brasileira de Fomento à Pesquisa, graças à sua tese de doutoramento na área da oftalmologia, que defendeu na Universidade Federal de São Paulo, no Brasil, em 2013.
Em declarações à Lusa, Sousa Martins revelou que a tese, intitulada “O uso de Luteína e Zeaxantina como corantes intraoculares para cirurgia oftalmológica”, consistiu no desenvolvimento de uma espécie de “tinta natural” para ser utilizada em cirurgias oculares, como a da catarata, de modo a possibilitar uma melhor visualização das estruturas.
O investigador explicou que a Luteína, molécula usada na constituição daquela “tinta”, é natural para os olhos e não provoca efeitos colaterais. A tese do português resultou mesmo na criação do primeiro corante não sintético para uso em cirurgias oftalmológicas, que, atualmente, é utilizado em sete produtos farmacêuticos.
Sousa Martins disse sentir-se “honrado” por receber o prémio CAPES e admitiu que a nomeação para o prémio foi uma surpresa, uma vez que já não morava no Brasil – onde desenvolveu, durante três anos, o seu doutoramento sob orientação do catedrático Rubens Belfort Mattos Junior – quando esta foi anunciada.
Diogo Sousa Martins estudou na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, esteve em Harvard, nos Estados Unidos, e é, atualmente, presidente do Conselho de Administração da Multinacional Kemin.
No âmbito destes galardões, a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que depende do Ministério da Educação do Brasil, premiou também especialistas de outras áreas.
Notícia sugerida por Maria da Luz