Uma equipa de três oftalmologistas e uma enfermeira do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra integrou uma missão humanitária na Amazónia, durante a qual foram realizadas mais de 400 cirurgias em seis dias.
Uma equipa de três oftalmologistas e uma enfermeira do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra integrou uma missão humanitária na Amazónia, durante a qual foram realizadas mais de 400 cirurgias em seis dias. A missão foi subsidiada pela Fundação Champalimaud.
A missão percorreu diversas localidades de difícil acesso na região de Baixo Amazonas (norte do Brasil), onde realizaram entre “400 a 500” cirurgias oftalmológicas, disse à agência Lusa o diretor da Faculdade de Medicina e participante na iniciativa, Joaquim Murta.
Para além de cirurgias às cataratas e “pterigium” (crescimento anómalo de tecido sobre a córnea), a equipa disponibilizou “óculos gratuitos” às populações, referiu.
“Andámos em diferentes localidades, no meio da selva amazónica”, indo sempre, através de barco, a zonas onde as pessoas não recebiam “nenhuns cuidados oftalmológicos”.
Nos locais onde operou, “a principal doença é o abandono”, tendo encontrado pessoas que “já estavam cegas há dez anos”, devido ao não tratamento das suas doenças.
O bloco de operações era montado de madrugada, “com todo o material necessário”, com os doentes já preparados uma semana antes por uma equipa brasileira, contou.
Segundo Joaquim Murta, “a grande maioria das cirurgias correu muito bem”, estando agora a equipa a aguardar dados dos pacientes, que estão a ser acompanhados no terreno.
A missão humanitária, subsidiada pela Fundação Champalimaud (Portugal), contou com uma equipa de Coimbra, uma de Hyderabad (Índia) e outra de São Paulo (Brasil).
Para além de Joaquim Murta, a equipa do CHUC contava com os médicos João Póvoa e Filipe Rito e a enfermeira especialista em oftalmologia, Rosário Fernandes.
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