É um verdadeiro exemplo de dedicação e amor ao que faz. Com 100 anos de idade, Madeline Scotto, que desde 1954 é professora de matemática e continua a ensinar os alunos a apreciar e a entender os números.
É um verdadeiro exemplo de dedicação e amor ao que faz. Com 100 anos de idade, Madeline Scotto, que desde 1954 é professora de matemática na escola básica de St. Ephrem, na cidade norte-americana de Nova Iorque, continua a ensinar os alunos a apreciar e a entender os números.
Três vezes por semana, Madeline faz o percurso entre a sua casa e a escola, sobe as escadas até à sala de aula (sem bengala, porque, segundo esclarece, precisa das mãos para transportar os seus livros) e partilha com os estudantes o que sabe, tal como qualquer outro docente.
A única diferença é que, a semana passada, comemorou um século de vida. “Acho que simplesmente acontece. Nem sequer nos apercebemos”, confessa a professora em entrevista ao jornal local DNAInfo. “O ano passado pensei: 'Não pode ser, vou fazer 100 anos'. Aconteceu. Julgo que tenho muita sorte”, afirma.
Foi quase por acaso que entrou no ensino. Já tinha 40 anos e cinco filhos quando, depois de um acidente de autocarro que envolveu as freiras da igreja matriz da Pensilvânia, que ensinavam as crianças da região, o padre local procurou voluntários entre a população para as substituir enquanto estavam hospitalizadas e, por insistência da mãe, Madeline decidiu oferecer-se.
Depois de ter concluído, ela própria, os estudos na escola básica de St. Ephrem's, acabou por regressar como professora e nunca mais abandonou aquele estabelecimento. Embora tenha deixado de dar aulas há 10 anos devido à perda de audição, continuou a ensinar, dando explicações de matemática aos alunos durante a hora do almoço e as férias.
“Nunca penso numa criança como uma vencedora ou uma perdedora. O meu único critério é o quão arduamente ela trabalha”, declara Madeline, que assegura não “tratar ninguém como um bebé”. “Acho que eles sabem que estou verdadeiramente interessada em ajudá-los a ser bem-sucedidos”, acrescenta.
Quanto aos segredos para viver, com saúde, uma vida tão longa, a norte-americana não tem dúvidas: comer bem, manter-se ativa, ser simples e não se preocupar demasiado. “Rezo muito, trabalho muito e sou feliz. A culpa não é minha. Todas as pessoas à minha volta me fazem feliz”, conclui.