A combinação entre quimioterapia e o medicamento Herceptin em determinados tipos de cancro da mama pode aumentar a sobrevivência e reduz o risco de recaídas.
Em determinados tipos de cancro da mama, a combinação entre quimioterapia e o medicamento Herceptin aumenta a sobrevivência e reduz o risco de reincidências, segundo um estudo publicado na publicação científica Journal of Clinical Oncology.
O estudo descobriu que ao adicionar-se Herceptin – que advém do composto Tratuzumab – à quimioterapia a taxa de sobrevivência entre as pacientes aumentava 37%, aumentando também as taxas de sobrevivência globais em 10 anos de 75 para 84%.
“As mulheres que receberam Herceptin tinham um tipo de cancro de mama conhecido como HER2-Positivo”, afirmou Edith Perez, autora do estudo, citada pelo site científico Medical Xpress.
Os cancros da mama HER2-Positivo, que representam 20% dos cancros invasivos, estão relacionados com o crescimento epidérmico do fator 2 que ajuda as células cancerígenas a crescer.
A investigação sobre a utilização deste fármaco está a ser realizada desde 2005, tendo havido várias atualizações das informações obtidas. Edith Perez seguiu o estudo ao acompanhar 4.000 mulheres com cancro da mama, sendo que metade recebeu apenas quimioterapia. À outra metade foi também administrado o Herceptin.
A equipa de investigação descobriu que a adição deste fármaco melhorou a taxa de sobrevivência em 37% e a taxa de sobreviventes livres de cancro em 40%. “Esta estratégia teve benefício a longo prazo na redução da recorrência do cancro e melhorou a sobrevivência”, salienta Edith Perez.
Os autores do estudo ressalvam que, em alguns pacientes, o uso de Herceptin está associado a problemas cardíacos. De facto, a equipa de Edith Perez verificou que a ocorrência de problemas cardíacos foi menor nas pacientes que não consumiram o medicamento.
O Herceptin tem um custo de consumo anual de 50.000 euros e é produzido pela Genetech.
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Notícia sugerida por Maria da Luz