O novo aparelho cardíaco foi apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC), no passado domingo. O dispositivo obtém energia a partir de movimentos cardíacos e não precisa de bateria.
O inovador dispositivo obtém energia a partir de movimentos cardíacos pelo que não precisa de bateria elétrica. O novo aparelho cardíaco foi apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC), no passado domingo.
Adrian Zurbuchen, especialista em cardiologia, inspirou-se no mecanismo dos relógios automáticos e desenvolveu um método no qual o aparelho aproveita o batimento cardíaco como fonte de alimentação.
Em comunicado da ESC, Zurbuchen explica que “as pilhas são um fator condicionante nos implantes médicos de hoje. Quando chegam a um nível crítico de bateria, os médicos veem-se forçados a substituir o aparelho, que funciona na perfeição, através de uma intervenção cirúrgica”.
O especialista refere ainda que estas intervenções “aumentam os custos e o risco de complicações nos pacientes”.
O mecanismo utilizado no novo 'pacemaker' provém de um relógio disponível em qualquer loja. A equipa concebeu uma caixa presa através de argolas metálicas e que se sutura diretamente no coração, na zona do miocárdio.
Tal como num relógio de pulso, a aceleração do movimento faz com que se crie energia suficiente para manter o 'pacemaker' ativo.
O sistema funciona em três fases. Na primeira, o 'pacemaker' obtém energia diretamente do coração. A energia é depois armazenada numa pequena bateria. Na fase final, a energia armazenada é usada pelo pacemaker que vai emitindo estímulos para o coração.
Na experiência feita em suínos, o 'pacemaker' sem bateria conseguiu atingir 130 batimentos por minuto.