Uma equipa internacional coordenada por Isaura Simões, investigadora portuguesa, anunciou ter identificado uma nova enzima que pode vir a ser utilizada em estratégias terapêuticas contra a febre da carraça e do tifo epidémico.
Uma equipa internacional coordenada por Isaura Simões, investigadora portuguesa do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) e do Biocant, anunciou ter identificado uma nova enzima que pode vir a ser utilizada em estratégias terapêuticas contra a febre da carraça e do tifo epidémico.
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, a UC explica que a bactéria responsável por estas febres – a Rickettsia – é transmitida através de piolhos, carraças e pulgas, não possuindo, atualmente, nenhuma vacina protetora.
Porém, a investigação coordenada pela cientista nacional, cujos resultados foram, recentemente, publicados na revista científica internacional PLOS Pathogens, conseguiu, agora, descrever uma nova enzima daquela bactéria que parece desempenhar um papel importante no mecanismo de transmissão.
“[Com este estudo] demonstrámos de forma inequívoca a presença de um tipo específico de enzima na bactéria Rickettsia”, afirma Isaura Simões. Segundo a investigadora, “ao explorar as suas potenciais funções biológicas”, os resultados “apontam para a participação da enzima num mecanismo relevante para a virulência destes microorganismos”.
As conclusões do estudo reforçam, portanto, “a importância desta nova enzima como potencial alvo para o desenvolvimento de terapêuticas inovadoras contra infeções provocadas por Rickettsia”, destaca Isaura Simões.
A investigação, iniciada em 2010, foi financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e envolveu a participação de cinco investigadores estrangeiros oriundos de três grupos de trabalho distintos.
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Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo publicado na PLOS Pathogens (em inglês).