Depois de vários anos de litígio, o Bank of America (BofA) aceitou pagar um valor recorde de 17 mil milhões de dólares para compensar os empréstimos imobiliários de má qualidade que vendeu aos clientes.
É um acordo inédito entre autoridades, clientes e uma entidade bancária. Depois de vários anos de litígio, o Bank of America (BofA) aceitou pagar um valor recorde de 17 mil milhões de dólares (12,8 mil milhões de euros) para compensar os empréstimos imobiliários de má qualidade que vendeu aos seus clientes.
“Acreditamos que esta solução serve o interesse dos nossos acionistas e permite-nos concentrar no futuro”, defendeu em comunicado, citado pela AFP, o presidente-executivo do BofA, Brian Moynihan.
7 milhões para clientes afetados
O banco – um dos maiores dos EUA – vai pagar 9.650 mil milhões dólares às autoridades e os restantes sete mil milhões aos clientes afetados pela crise do ‘subprime’ (créditos de risco), que remonta à crise financeira de 2007-2008.
O acordo alcançado com as autoridades norte-americanas vem pôr um ponto final a vários inquéritos civis contra o banco e as suas subsidiárias – Countrywide e Merrill Lynch. Ficam ainda por resolver possíveis eventos criminais, especialmente relacionados com a Countrywide.
Prejuízos de milhares de dólares
O Departamento de Justiça acusou o BofA de ter vendido produtos financeiros, suportados por aqueles créditos imobiliários sem qualidade, que estiveram na origem da crise financeira de 2007-2008 e causaram prejuízos de milhares de milhões de dólares para os seus compradores.
Esta penalidade é um valor recorde, depois de o JPMorgan Chase ter pago 13 mil milhões de dólares em 2013, para encerrar um processo por práticas similares, mas de menor amplitude.