As mulheres analisadas no estudo que tinham praticado esta média de exercício revelaram menos 10% de risco de cancro da mama. Outro grupo – que tinha praticado exercício regular até 9 anos antes da menopausa mas que nos últimos 4 anos tinha deixado de praticar – não revelou a mesma redução no risco de contrair a doença.
Já se sabia que a atividade física reduz o risco de cancro da mama após a menopausa, mas até agora não era claro com que antecedência deveria ser praticado para dar resultado. Estava ainda por determinar, também, durante quanto tempo os efeitos do exercício prevaleciam.
“O nosso estudo responde a estas questões”, diz em comunicado de imprensa Agnès Fournier, a investigadora do Centro de Investigação em Epidemiologia do Instituto Gustave Roussy (França) que liderou o estudo.
A equipa descobriu que atividades físicas pouco intensivas – como caminhar ou andar de bicicleta – quando praticadas regularmente, reduzem em pouco tempo o risco de cancro da mama. Por outro lado, a atividade física não deve ser abandonada já que esses benefícios podem retroceder rapidamente.
“As mulheres que passaram a menopausa devem ser encorajadas a praticar exercício físico e as que não praticam devem ser incentivadas a começar assim que possível, já que o seu risco de contrair a doença reduz rapidamente”, diz a investigadora.
Mais de 60 mil mulheres analisadas
A equipa de Fournier analisou dados de quase 60 mil mulheres que participaram num estudo do European Prospective Investigation Into Cancer and Nutrition (EPIC). O estudo acompanhou estas mulheres, em média, durante oito anos e meio. Durante esse tempo, mais de 2 mil participantes desenvolveram uma forma invasiva de cancro da mama.
Com base nos dados dos questionários feitos às mulheres do estudo, os investigadores do Instituto Gustave Roussy concluíram que as participantes que tinham praticado regularmente exercício nos últimos quatro anos estavam mais livres da doença. Este resultado mostrou-se transversal a todas as mulheres, independentemente do seu peso.
Estes dados são consistentes com as informações do World Cancer Research Fund, instituição que recomenda 30 minutos de caminhadas por dia, conclui Agnès Fournier, insistindo que não é necessário praticar um exercício demasiado intensivo para obter benefícios.
Clique AQUI para aceder ao comunicado de imprensa do Instituto Gustave Roussy (em inglês).