“Apelo ao líder supremo do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, que permita ao Brasil conceder asilo a esta mulher”, disse Lula da Silva, durante um comício da campanha da candidata do Partido Trabalhista à Presidência, Dilma Rousseff, em Curitiba.
De acordo com a BBC Brasil, esta não é a primeira vez que Lula da Silva comenta publicamente o caso de Ashtiani e o atual presidente do Brasil terá mesmo afirmado que tentou interceder noutros casos semelhantes, entre eles o da professora francesa Clotilde Reiss, libertada em maio.
Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, está presa no Irão desde maio de 2006, quando um tribunal na Província do Azerbaijão Ocidental a considerou culpada por manter “relações ilícitas” com dois homens após a morte do marido.
Foi, assim, punida com 99 chicotadas e a pena foi cumprida. Quatro meses depois, o caso foi reaberto, com base em relacionamentos que supostamente ocorreram durante o casamento. A mulher e mãe de dois filhos recebeu então a sentença de morte por apedrejamento.
A decisão levantou, imediatamente, uma onda de protestos em todo o mundo, sobretudo entre as associações de defesa dos direitos humanos.
Contudo, em julho, as autoridades iranianas afirmaram que condenação a morte por apedrejamento estaria suspensa, embora a mulher ainda possa ser sentenciada à morte por enforcamento pelo crime de adultério e outras acusações que lhe são apontadas.