Uma nova fábrica de calçado acaba de criar 25 novos postos de trabalho em Pinhel, distrito da Guarda, número que, em breve, deverá aumentar para 80.
Uma nova fábrica de calçado acaba de criar 25 novos postos de trabalho em Pinhel, distrito da Guarda, número que, em breve, deverá aumentar para 80. Graças a um acordo com a autarquia, a unidade fabril permanecerá no concelho durante, pelo menos, seis anos.
Em declarações à Lusa, Rui Ventura, presidente da Câmara Municipal de Pinhel, revelou que a fábrica Eurovilde Portugal Shoes, cuja sede fica em Felgueiras, ocupa, na Guarda, um pavilhão da antiga unidade de produção de calçado Rhode que encerrou em 2006 deixando no desemprego 370 funcionários.
“[A fábrica] iniciou agora [a atividade] com 25 postos de trabalho. Vai alargar, no prazo de três meses, até cerca de 50 postos de trabalho e poderá atingir os 80”, avançou o autarca, destacando a assinatura de um contrato de permanência em Pinhel com a empresa.
Segundo Rui Ventura, “a Câmara Municipal fez a cedência do espaço, ou seja, atribuiu-lhe, durante três anos, uma carência de não pagamento do espaço e, portanto, nos outros três anos, [a administração da fábrica] pagará o aluguer do espaço”.
O edil acredita que a nova unidade fabril vem “colmatar um pouco” o problema do desemprego agravado pelo fim da laboração da Rhode. “Surgiu uma nova oportunidade, que é importante para o concelho e para a região tambem”, considerou.
De acordo com o presidente da autarquia, o investimento da Eurovilde Portugal Shoes irá permitir a fixação de pessoas no concelho de Pinhel, caso, por exemplo, de “duas famílias que estavam fora e que estão a regressar” para irem trabalhar para a nova fábrica. “Há um retorno que, do ponto de vista financeiro, não é possível quantificar”, congratulou-se.
Rui Ventura explicou ainda que a escolha do local de instalação da nova unidade de fabrico de calçado teve em conta dois fatores: a existência de mão-de-obra especializada no concelho e de instalações dotadas de todas as condições para a laboração imediata, sem necessidade de investimento adicional.
Para a decisão pesaram também a proximidade com a fronteira de Espanha, já que a empresa nortenha “só vende para o mercado internacional”, concluiu o autarca.