A industrialização de um carro elétrico "inteligente" e não poluente deverá poder ocorrer já no final de 2016. O anúncio foi feito pelo presidente do centro português de inovação CEIIA, Rui Felizardo.
A industrialização de um carro elétrico “inteligente” e não poluente deverá poder ocorrer já no final de 2016. O anúncio foi feito pelo presidente do centro português de inovação CEIIA, Rui Felizardo, no âmbito da inauguração do “Centro Mob-i – Mobilidade Elétrica Inteligente”.
De acordo com o responsável do Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel, estes carros elétricos inteligentes e não poluentes vão funcionar como transporte público, reduzindo os custos da mobilidade das famílias e podendo a sua utilização ser paga através de uma fatura mensal.
Segundo Rui Felizardo, trata-se de um veículo revolucionário, já que não é apenas um carro elétrico, mas uma opção “inteligente” e com “zero emissões” de carbono, introduzindo um novo paradigma de mobilidade baseado na partilha.
Isto é, o condutor deixa de ser o proprietário do carro e passa, em vez disso, a ser seu utilizador sempre que assim o desejar, tendo mesmo a possibilidade de o reservar para determinadas ocasiões e pagando, mensalmente, apenas as deslocações que efetuar durante esse período.
Em declarações à Lusa, Rui Felizardo revelou que o veículo está, por enquanto, orientado para o Brasil e o Mercosul e que “o que está previsto no cronograma com a Itaipu [a maior geradora de energia limpa e a segunda maior barragem do mundo] é que a industrialização possa começar a ocorrer no final de 2016”.
O dirigente do centro português de excelência na área automóvel e da aeronáutica (CEIIA) adiantou ainda que “vai haver uma revisão do cronograma em Setembro e está previsto que as pré-séries (primeiros 100 veículos) estejam prontas para a altura dos Jogos Olímpicos”.
Com diversas valências, os novos carros vão estar ligados entre si pela plataforma de gestão integrada de mobilidade inteligente, ou seja, terão a capacidade de comunicar entre si informações dizendo respeito, por exemplo, ao trânsito, ao dióxido de carbono e aos espetáculos que existem em determinadas zonas.
Depois de, em Março deste ano, o vice-primeiro-ministro Paulo Portas ter assinado o protocolo entre o CEIIA e a Itaipu Binacional, coube recentemente ao ministro da Economia português, António Pires de Lima, visitar Iguaçu para inaugurar o centro que se dedica à evolução do sistema de mobilidade Mobi.me do CEIIA.
Após ter chegado a Curitiba e Brasília, a implantação de sistemas de controlo e monitorização dos veículos elétricos inteligentes passa assim, também, a ser feita em Iguaçu. Os próximos destinos são Belo Horizonte, Goiás e Campinas.
“O projeto será desenvolvido em mais seis cidades brasileiras até ao final do ano”, rematou Rui Felizardo, que preferiu não revelar detalhes acerca do valor do investimento.