A reconstituição (foto ao lado) foi realizada pelo Museu de Antropologia da Universidade de Pádua, com a colaboração do Centro de Estudos Antonianos e de outras entidades. O museu garante que esta é a “reconstituição mais próxima da verdadeira face do santo conseguida em oito séculos de história”.
Nicola Carrara, conservador do Museu de Antropologia, conta que o designer brasileiro só soube a identidade da face que estava a reconstituir, no fim do trabalho: “Queríamos que Cícero Moraes trabalhasse às cegas para não ser influenciado pela grande personalidade da pessoa a quem pertencia aquele crânio. Comunicámos-lhe apenas os dados essenciais – que era um homem, de 36 anos, caucasiano”.
Em pouco tempo, com base nos dados que recolheu, Moraes, confirmou: "trata-se de um homem ibérico, provavelmente português". Para o designer brasileiro descobrir a identidade daquele rosto, tão venerado no Brasil, foi uma surpresa: “Quando soube fiquei sem palavras, literalmente maravilhado. Embora não seja particularmente religioso senti uma grande responsabilidade”.
Mensagem de Santo António perdura até hoje
Embora não haja registos escritos do seu nascimento, acredita-se que Santo António terá nascido 1195, em Lisboa. Morreu jovem, antes de fazer 40 anos, no dia 13 de Junho, mas a sua formação erudita e a sua mensagem humanista e de amor deixou uma marca no mundo que perdura até hoje.
Forte contestador da opressão social e defensor dos desfavorecidos, cedo se juntou à ordem dos Franciscanos. Um acaso do destino (o barco de onde regressava de Marrocos foi arrastado) encaminhou-o até Itália, onde se tornou próximo de São Francisco de Assis. Faleceu, vítima de doença, na cidade italiana de Pádua, razão pela qual ainda hoje os italianos o reivindicam como sendo um santo seu.
Notícia sugerida por Elsa Fonseca