Nos EUA, uma professora, ao doar um rim a uma das suas alunas, curou-se, involuntariamente, a si própria, da doença que sofria.
Nos EUA, uma professora, ao doar um rim a uma das suas alunas, curou-se, involuntariamente, a si própria, da doença que sofria. A história do gesto de solidariedade que resultou, de forma inusitada, na cura destas duas norte-americanas, está a comover o mundo, através da imprensa que não deixou passar o inédito acontecimento em branco.
Uma das principais entrevistas, concedida pela dadora, Cindy Santos, professora substituta no infantário de Fleetwood, na Pensilvânia, foi, inclusive, à cadeia NBC, onde conta como tudo se procedeu.
A docente foi indicada para substituir uma aula de uma turma onde uma menina de cinco anos requeria especial atenção. Tratava-se de Katelyn Ernst, portadora de uma doença rara que acelera a destruição dos glóbulos vermelhos no sangue, entopindo o sistema de filtragem dos rins: síndrome hemolítico-urémico.
Enquanto aguardava pelo dador que lhe pudesse salvar a vida e doar um rim, a menina era submetida a 10 horas diárias de hemodiálise. O sofrimento levou a família a criar uma página de apoio no Facebook, onde se apelava à solidariedade das pessoas para ajudar Katelyn.
Um dia, a foto da menina surgiu no 'feed' do Facebook de Cindy, com ligação direta, precisamente, para a página 'Katelyn's Kidney Journey', onde era contada a sua história e descrito os critérios básicos do tipo de dador procurado. Ao identificar-se com os mesmos, a professora não pensou duas vezes e inscreveu-se como possível dadora.
Uma hora depois, eis que o responsável pelo transplante lhe ligava para uma breve entrevista, com a indicação de que, no caso de Katelyn, as hipóteses de corresponder ao dador expecífico que procuravam era de apenas uma em cada oito.
Uma hora depois, eis que o responsável pelo transplante lhe ligava para uma breve entrevista, com a indicação de que, no caso de Katelyn, as hipóteses de corresponder ao dador expecífico que procuravam era de apenas uma em cada oito.
Ainda assim, algumas semanas depois, Cindy era chamada ao Hershey Children's Hospital para fazer alguns exames e, um mês depois, recebia a notícia de ter sido aprovada como dadora para a pequena Katelyn.
Foi, no entanto, durante os exames pré-operatórios, que a professora foi notificada de uma notícia, em tudo, inesperada: também ela sofria de uma doença rara, responsável pelas fortes dores de estômago que muitas vezes sentia. Tratava-se de síndrome congestiva pélvica e uma forma de tratamento passava, precisamente, pela remoção de um dos rins.
A cirurgia de transplante revelou-se, desta forma, uma cura para ambas as norte-americanas. A mesma realizou-se no final do ano passado, com Cindy a acreditar que o facto de ter sido colocada na turma de Katelyn, meses atrás, não aconteceu por acaso: “Foi Ele que me pôs ali. É, sem dúvida, intervenção divina”.
Notícia sugerida por Maria da Luz e Marta Faustino