Era sexta-feira, o dia mais 'rockeiro' do festival e aquele em que a primavera dava ares da sua graça depois de outros mais cinzentos. Assim se pode apresentar o passado dia 30 de Maio, data que assinalava o regresso dos titãs Linkin Park ao Rock in
Era sexta-feira, o dia mais 'rockeiro' do festival e aquele em que a primavera dava ares da sua graça depois de outros mais cinzentos. Assim se pode apresentar o passado dia 30 de Maio, data que assinalava o regresso dos titãs Linkin Park e a estreia de Queen of the Stone Age no Palco Mundo do Rock in Rio Lisboa, no Parque da Bela Vista.
por Margarida Cruz
O protagonismo do dia estava, precisamente, dividido entre estas duas bandas californianas, a quem, a par dos brasileiros Capital Inicial e do DJ Steve Aoki, cabia a tarefa de animar este dia do maior festival de música do mundo, dedicado à música 'mais pesada'.
O público, visivelmente mais jovem do que aquele que tomou conta dos anteriores dias do evento, começou a compor-se por volta das 20h, em antecipação a uma das atuações mais aguardadas da noite: Queens of the Stone Age. Josh Homme e companhia subiram ao palco pouco passava das 20h45, brindando a plateia desde logo com 'Millionaire' e 'Go With The Flow', do álbum 'Songs for the Deaf'.
© Rock in Rio Lisboa
Os ânimos, esses, mantiveram-se calmos até à chegada de 'Smooth Sailing', do mais recente trabalho dos californianos – 'Like Clockwork' -, altura em que os problemas de som estavam já praticamente resolvidos. A voz, até então abafada, de Homme inundou finalmente todo o recinto, contagiando os mais ferverosos fãs da banda com temas como 'I Sat By The Ocean', 'If I Had a Tail' e 'My God Is The Sun'.
Ainda assim, os pontos altos do espetáculo foram para clássicos de trabalhos anteriores, com uma explosiva receção da plateia ao som de 'Burn The Witch', 'Little Sister', ' No One Knows' e 'Song for the Dead', no apocalítico final.
Entre o puro rock que transpirava em palco, o vocalista de Queens of the Stone Age fez questão de comunicar com aqueles que ali estavam a assistir, ora com palavras calorosas como “Turn on the lights so I can see you all, come on. Look how beautiful we are together” (“Acendam as luzes, quero ver-vos a todos. Vejam como ficamos bonitos juntos”) ora com o seu conhecido lado mais frio, de puro “I don't give a fuck”.
© Rock in Rio Lisboa
Terminado o concerto, eis que a multidão no anfiteatro em frente ao Palco Mundo recebe ainda mais pessoas. Se às 21h eram contabilizadas 58.000 pessoas no recinto, à hora do concerto de Linkin Park esse número aumentou para mais de 68.000.
Chester Bennignton e Mike Shinoda, vocalistas desta segunda banda californiana, subiam pela terceira vez ao palco principal do Rock in Rio Lisboa já passava algum tempo da hora marcada. Mas nem com o atraso os milhares de fãs ali presentes pensaram em arredar pé, dando forma a um autêntico mar de gente no Parque da Bela Vista, em Lisboa.
Dividido em três atos, o concerto ficou marcado, como já conhecido pelos fãs do grupo, pela extraordinária química entre os vocalistas Chester Bennington e Mike Shinoda, razão que arrasta tamanha legião de fãs desde a primeira vez que atuaram em Lisboa, em 2008.
© Rock in Rio Lisboa
Os fãs, esses, tinham essencialmente entre 18 e 30 anos, segundo os dados recolhidos pela organização, que apontam também os Linkin Park como a razão pela qual 60% das pessoas visitaram, naquele dia, o recinto do maior festival de música do mundo.
“Thank you, Portugal! We fucking love you!”, exclamava às tantas Bennington, perante a vibrante multidão que tinha à sua frente. Para o vocalista, esta “era a melhor forma de começar a digressão pela Europa”.
Entre temas mais recentes e alguns dos mais icónicos clássicos, o alinhamento do concerto ficou marcado por uma mistura de novos trabalhos com 'medleys' das tantas músicas que foram marcando a carreira dos Linkin Park. A ideia era, claramente, dar o máximo ao público português, dentro do tempo estipulado para o espetáculo.
© Rock in Rio Lisboa
Antes de um encore onde Steve Aoki, que eram quem viria a encerrar as atuações naquele palco, surpreendeu a plateia, houve ainda tempo para Mike Shinoda atirar para os fãs exemplares inéditos da sua nova música – 'Wastelands' – , gravados em CD.
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