O protótipo, de acordo com o semanário Expresso, tem um peso máximo de 65 quilos à descolagem e uma estrutura em fibras de carbono, fibra de vidro e compósito de cortiça. O aparelho conta ainda com uma envergadura de cinco metros, um motor 3W de 157 centímetros cúbicos e 17 cavalos, e tem uma autonomia prevista de seis horas de operação para uma carga útil de 24 quilos.
“Esta plataforma de voo autónoma não tripulada pode desempenhar missões perigosas ou dispendiosas, sendo controlada através de estações de solo, que estão em fase de desenvolvimento”, adianta Sérgio da Cunha Oliveira, diretor técnico do PAIC – Portuguese Consortium for the Aerospace Industry, consórcio de 14 entidades nacionais que pretende desenvolver sistemas aéreos não tripulados para aplicações civis (UAS – Unmanned Aerial System).
“Determinada missão é inserida no processador de missão, que é um computador onde se introduzem os parâmetros que definem os alvos e a área de busca. O voo é autónomo e o avião cumpre a missão como um robot, regressando à base e recebendo instruções a meio do voo”, explica Sérgio da Cunha Oliveira.
O consórcio, liderado pela PEMAS – Associação Nacional da Indústria Aeronáutica, investirá um total de 10 milhões de euros em cinco anos, tendo já as empresas injetado, desde o ano passado, cerca de 1,8 milhões de euros através de fundos próprios.