De acordo com a Euronews, a superfície cultivada de forma biológica em território europeu tem vindo a duplicar na última década. O rápido crescimento é estimulado por uma procura constante – cerca de 10% a 15% por ano -, que supera os 14 mil milhões de euros.
A Áustria é o país europeu com a maior superfície ocupada pela produção biológica (15,5%), mas é a Espanha que lidera em termos de volume de produção biológica.
Também os consumidores estão mais conscientes dos produtos que compram, preferindo os da agricultura biológica. As novas regras da UE para a etiquetagem de produtos alimentares biológicos, em vigor desde 1 de julho, vão de encontro a essas necessidades.
Além de fixarem as condições relativas ao meio de produção aquícola e à separação das unidades biológicas e não biológicas, especificando as condições de bem-estar dos animais (incluindo as densidades de animais máximas, que constituem um indicador mensurável do bem-estar), as novas diretivas da UE proíbem a indução da reprodução por hormonas artificiais.
Ao mesmo tempo, é também obrigatório que os alimentos biológicos pré-embalados que tenham sido produzidos em qualquer um dos Estados-Membros incluam um logótipo específico, designado por Eurofolha.
Ainda assim, o setor da agricultura biológica tem um longo caminho a percorrer, sendo que atualmente há 7,6 milhões de hectares destinados a esse tipo de produção, o que corresponde somente a 4,3% das terras cultivadas na UE.
As opiniões dos 27 Estados-membros não são, por isso, unânimes quanto à matéria: se há quem apoie a PAC e as ajudas aos agricultores – apoios que representam quase metade do orçamento anual da UE -, há também quem defenda a canalização desses fundos para outros setores, como a energia e a inovação.
[Notícia sugerida pelo utilizador Francisco Santos]