De acordo com a última edição do estudo EUROCARE, Portugal está acima da média na sobrevivência aos cancros da mama, do colorretal e da próstata.
De acordo com a última edição do estudo EUROCARE, Portugal está acima da média na sobrevivência aos cancros da mama, do colorretal e da próstata. Os resultados mostram que os países nórdicos, da Europa Central e da Europa do Sul apresentam a maior taxa de sobrevivência.
A quinta edição do estudo EUROCARE, a maior investigação sobre a sobrevivência de cancro com base na população europeia, revela que os valores de sobrevivência estão a melhorar.
O estudo, que abrangeu mais de 50% dos adultos e 77% da população infantil da Europa, concluiu que os valores variam muito entre os países europeus. O EUROCARE-5, analisou 29 países para comparar a sobrevivência em cinco anos a partir do diagnóstico para mais de 9 milhões de adultos e cerca de 60 415 crianças entre 2000 e 2007.
Os resultados, publicados na revista “The Lancet Oncology”, mostram que os países nórdicos, da Europa Central e da Europa do Sul apresentam a maior taxa de sobrevivência ao cancro. Os melhores resultados dos países da Europa do Sul são os de Portugal, Espanha e Itália, para a maioria dos cancros.
No caso português, é na sobrevivência ao cancro do estômago que se verifica a melhor posição. Portugal aparece com uma taxa de 31%, quando a média ronda os 2%. Valores que correspondem ao terceiro melhor resultado.
Na sobrevivência ao cancro da próstata os portugueses ocupam a quinta posição e estão acima da média no cancro da mama e no colorretal. Os piores resultados são os do cancro do pulmão, em que o país ocupa a 19ª posição.
Número de adultos que sobrevivem tem aumentado
Os países com a menor taxa de sobrevivência ao cancro localizam-se na Europa Oriental, caso da Bulgária, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia e Eslováquia. Aqui, os valores encontram-se abaixo da média europeia.
Segundo Roberta De Angelis, coordenadora do estudo, a boa notícia é que “o número de adultos que sobrevivem ao cancro por pelo menos durante cinco anos após realizado o diagnóstico tem aumentado de forma constante na maior parte das regiões da Europa”.
A investigadora afirma que os resultados se devem aos grandes avanços feitos na gestão da doença, tais como nos programas de rastreio do cancro.
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