“Foi difícil para mim acreditar no que via”, relembra Jane Goodall, 76 anos, ao jornal The Guardian. “Na altura pensava-se que os humanos, e apenas os humanos, faziam uso de ferramentas. Tinha sido ensinada na escola que a melhor definição para o ser humano era o fazedor de ferramentas. E ali estava eu a observar um chimpanzé a fazer ferramentas em ação. Lembro-me deste dia tão vividamente como se tivesse sido ontem”, conta Goodall.
Observações seguintes feitas por Jane aos 26 anos comprovavam que não só os chimpanzés usavam ferramentas mas eram definitivamente os nossos “primos mais próximos” em termos de evolução. Abraçavam-se, trocavam beijos, faziam guerra, limpavam as lágrimas uns dos outros e as mães criavam laços com as crias.
Hoje poucas dúvidas restam de que as investigações e observações de Jane Goodall, que chegou com uma bolsa de estudo à Tanzânia precisamente a 14 de julho de 1960, foram de grande importância para o mundo.