Sociedade

Trabalhadores trocam escritórios por tarefas solidárias

Esta sexta-feira, mais de 800 trabalhadores de 56 empresas vão largar o escritório por um dia para se dedicarem à realização de tarefas solidárias
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Esta sexta-feira, mais de 800 trabalhadores de 56 empresas vão largar o escritório por um dia para se dedicarem à realização de tarefas solidárias na área do ambiente e da recuperação de espaços de solidariedade social em vários concelhos portugueses.
 
A oportunidade de trocar o trabalho por uma causa nobre surge no âmbito da iniciativa GIRO 2013, promovida pelo Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial (GRACE), que, este ano, vai apoiar gestos solidários em Esposende, Braga, Porto, Coimbra, Lisboa, Oeiras, Cascais, Setúbal e Olhão. 
 
“Todos os anos convidamos as empresas associadas a desafiarem os seus colaboradores para passarem um dia diferente. Este ano vamos estar em nove localidades e vamos fazer 17 intervenções diferentes que envolvem 813 voluntários”, contou à Lusa a presidente do GRACE, Paula Guimarães. 
 
Segundo a responsável, trata-se de intervenções na área ambiental, que passam pelas plantações, limpezas de terrenos e de praias ou intervenções em zonas de defesa do habitat de algumas espécies, mas também de tarefas de recuperação de espaços de solidariedade social. 
 
Além disso, adiantou Paula Guimarães, vão ainda decorrer, por ocasião do GIRO 2013, ateliês formativos, educativos e culturais destinados a públicos que se encontrem em situação de maior vulnerabilidade. 

Empresas aderem cada vez mais ao voluntariado
 

“A iniciativa foi lançada com o objetivo de sensibilizar as empresas para o voluntariado corporativo”, explicou a dirigente do GRACE, revelando que o desempenho destas tarefas solidárias acontece sempre durante o tempo de trabalho. “A empresa contribui com o tempo de trabalho do colaborador e colaborador com a sua disponibilidade para fazer uma coisa diferente”, esclareceu.
 
Desde 2006, ano em que arrancou, o GIRO já mobilizou mais de 3.700 voluntários que puseram mãos à obra para ajudar 70 instituições e melhorar a vida de cerca de 15.000 pesosas de todo o país. Habitualmente, o programa recebe cerca de 500 voluntários por edição mas, de acordo com Paula Guimarães, este ano foram “ultrapassadas todas as expetativas”. 
 
Para a presidente do GRACE, a adesão crescente das empresas à iniciativa deve-se não apenas à consciência de que o envolvimento com a comunidade é fundamental para a sua própria sobrevivência, mas também à “pressão interna” feita pelos colaboradores para que as companhias participem neste tipo de intervenções. 

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