Durante a apresentação da campanha dos “30 anos contra o VIH/Sida”, o ministério anunciou a criação desta rede com o intuito de aproximar geograficamente as pessoas que vivem em regiões mais interiores do país e a uma maior distância dos atuais centros de tratamento, onde podem ser acompanhadas.
Citado pela Lusa, o secretário de Estado da Saúde Fernando Leal da Costa referiu que vai ser construída “uma rede numa lógica regional e não só nacional, para melhorar a distribuição em função da dimensão do país”.
Fernando da Costa apontou ainda a possibilidade de criar polos satélite, com profissionais de saúde, permitindo a existência de “consultas deslocalizadas” dos Hospitais, “para diminuir a distância a percorrer pelo doente”.
O Secretário de Estado acrescentou que “vai haver uma distribuição e não um encerramento” de centros de tratamento, que pode, inclusive, dar origem à abertura de novos espaços. No entanto, na base da estruturação desta rede está a “otimização dos recursos disponíveis”, sublinhou.
Segundo o coordenador do programa nacional para a infeção do VIH/Sida, António Diniz, o projeto prevê que a rede de tratamento esteja integrada numa rede de referenciação, com o objetivo de referenciar rapidamente para tratamento os novos casos diagnosticados de VIH/Sida.
Estima que em Portugal existam 70 mil pessoas infetadas (0,7% da população), mas apenas 22 a 25 mil estão em tratamento, enquanto 35 mil estarão infetadas sem saber e as restantes sabem mas não estão ainda referenciadas para tratamento.
A rede de diferenciação, que deve estar montada até ao final de Novembro, tem como objetivo dar resposta a este tipo de casos. Sendo que, tanto o Secretário de Estado como António Diniz admitiram estar à espera de um aumento significativo do número de infetados diagnosticados.
Notícia sugerida por Lídia Dinis