Desde 2012 que a fatura de tratamento de resíduos, paga pelos munícipes, já registou uma redução de 30%. Em Setembro, a distribuição de ecopontos domésticos pela autarquia permitiu que o volume de resíduos separados dentro das habitações começasse a aumentar. Desde então já foram colocados nas habitações cerca de 77 mil ecopontos.
Entre Janeiro e Maio deste ano, a entidade municipal responsável registou um aumento de 12,1% nos resíduos valorizáveis (papel, plástico, vidro), que representam 30,5% do total de resíduos da Maia. Além disso, foi possível verificar uma diminuição do lixo produzido, sobretudo, do lixo não separado.
Feitas as contas, de acordo com o Jornal de Notícias, houve menos 3,8% de resíduos recolhidos e menos 9,4% de resíduos indiferenciados. A recolha de embalagens mais do que duplicou, com o papel e o vidro a registar máximos históricos.
Com tudo isto, a Maia está a poupar, conseguindo já uma redução de 30% na fatura da LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto.
“As pessoas não têm noção de quanto custa tratar do lixo. A LIPOR cobra 50 mil euros mais IVA por tonelada, e ainda temos os encargos da recolha. Mas se entregarmos o lixo já separado, pagamos muito menos”, conta António Bragança Fernandes, presidente da Câmara Municipal da Maia.
Atualmente, a Maia lidera a tabela nacional de municípios com maior volume de lixo reciclado, apresentando uma taxa de reciclagem de 27%. Segue-se o município de Lisboa, com uma taxa de 24%, sendo a média do país de 19%.
Ainda assim, a autarquia quer ir mais longe e criar um conjunto de medidas que compense os cidadãos que separam o lixo. A curto prazo vai ser testado um sistema de gestão de resíduos para premiar quem produz menos lixo orgnânico.
Notícia sugerida por Elsa Fonseca