Malala Yousufzai, a rapariga paquistanesa que chamou a atenção do mundo depois de ter sido baleada na cabeça por talibãs no seu país por defender a educação feminina, regressou esta terça-feira à escola em Inglaterra, onde foi tratada.
Malala Yousufzai, a rapariga paquistanesa que chamou a atenção do mundo depois de ter sido baleada na cabeça por talibãs no seu país por defender a educação feminina, regressou esta terça-feira à escola em Inglaterra, onde foi tratada e recuperou totalmente do incidente.
Yousufzai, de 15 anos, que se tornou um símbolo internacional de resistência contra os esforços de negação dos direitos das mulheres por parte dos fundamentalistas islâmicos e está, inclusive, entre os nomeados deste ano para o Prémio Nobel da Paz, descreveu o dia do regresso às aulas como o mais importante da sua vida.
“Estou muito entusiasmada porque hoje concretizei o sonho de voltar a estudar. O que quero é que todas as raparigas do mundo tenham esta oportunidade básica”, afirmou a jovem em comunicado citado pela Reuters.
Na companhia do seu pai e com uma mochila cor-de-rosa às costas, Malala Yousufzai juntou-se a outras raparigas da sua idade na Edgbaston High School for Girls em Birmingham, no centro de Inglaterra.
“Tenho muitas saudades das minhas colegas do Paquistão, mas estou ansiosa para conhecer os meus professores e fazer novos amigos aqui em Birmingham”, acrescentou a paquistanesa, que, assim ficará a estudar perto do hospital onde foi submetida a uma cirurgia de reconstrução do crânio o mês passado.
A jovem, que tinha sido alvejada à queima-roupa em outubro, regressou a casa ainda em fevereiro depois de ter recuperado com sucesso da cirurgia, durante a qual os médicos 'repararam' partes do seu crânico com placas de titânio e inseriram um implante coclear para restaurar a audição do lado esquerdo.
Malala Yousufzai vai agora frequentar aulas correspondentes a um currículo escolar completo e, depois, selecionará as disciplinas para a realização dos exames com vista à obtenção do GCSE, certificado geral de educação secundária do Reino Unido, que normalmente se realizam aos 16 anos.
“Ela quer ser uma jovem adolescente normal e ser apoiada pelas outras raparigas”, sublinhou Ruth Weeks, professora da sua nova escola. “Ao conversar com ela é possível perceber que isso é algo de que ela sentiu falta durante o tempo que passou no hospital”, concluiu.
[Notícia sugerida por Patrícia Caixeirinho]