O Centro de Física da Universidade do Minho (CFUM) desenvolveu próteses que garantem uma maior facilidade de integração no corpo do doente.
O Centro de Física da Universidade do Minho (CFUM) conseguiu desenvolver próteses monitorizadas que se adaptam melhor às necessidades de cada pessoa. Os aparelhos inteligentes garantem uma maior facilidade de integração no corpo do doente.
A investigação pretende propor ao setor da saúde um incremento multidisciplinar que promete revolucionar a aplicação de próteses. O projeto visa criar aplicações mais personalizadas para cada caso e promover o desenvolvimento celular e a osteointegrado, para combater os problemas de adaptação aos aparelhos.
“Finalmente construímos efetivamente próteses inteligentes, incluindo a matriz de sensores e os sistemas eletrónicos de adquisição e transmissão de dados” que demonstraram “a sua viabilidade com vários tipos de testes internos e externos”, salienta a equipa do CFUM no site da universidade. Durante o estudo, as próteses com monitorização revelaram um índice menor de rejeição.
O projeto utiliza materiais piezoelétricos e piezoresistivos, capazes de avaliar forças e deformações e ainda de aplicar estímulos elétricos ao tecido ósseo. Nos resultados da investigação destacam-se os materiais com novas funcionalidades, sensores e métodos inovadores de processamento de alguns materiais.
“Temos desenvolvido uma série de novos materiais que nos permitem a monitorização do que está a acontecer nas próteses durante a fase de desenho e testes, assim como logo que são implementadas no corpo humano”, explica Senentxu Lanceros-Mendez, investigador do CFUM.
O cientista refere que, após a criação destas próteses inteligentes, a equipa está “a trabalhar uma pele artificial facilmente implementável em qualquer superfície e altamente sensível”. Para além destes projetos, os investigadores pensam também em desenvolver “novas formulações para sensores impressos”.
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]