por Patrícia Maia
Quando o seu pai tinha uma barbearia, na zona de Gondomar, Vasco Freitas detestava a profissão. “Quando era jovem do que eu gostava mesmo era de jogar futebol… Não via a profissão com bons olhos porque achava que era uma arte com horizontes limitados”, explica o 'hairstylist' ao Boas Notícias, a partir do Brasil onde está, neste momento, em trabalho.
Curiosamente, foi uma área pouco ligada à moda – o exército – que despertou o interesse de Vasco por esta arte. “Quando os meus amigos começaram a ir para a tropa, e como eu tinha material em casa, comecei a rapar-lhes o cabelo”, conta o estilista ao Boas Notícias. “Acho que foi a primeira vez que contactei diretamente com esta arte e percebi que gostava mesmo de fazer aquilo. Desde esse momento nunca mais parei…”, recorda.
A partir daí, o destino começou a desenrolar-se de forma auspiciosa. Após uma experiência de cinco anos como assistente de cabeleireiro nos salões da Isabel Queiroz do Vale, Vasco adquiriu as bases que determinariam o seu sucesso. Mas foi pela mão de um veterano da área, Miguel Viana, cuja equipa integrou em 2005, que Vasco Freitas deu os primeiros passos no mundo da moda enquanto 'hairstylist', sendo que a sua primeira assinatura em Portugal foi num desfile de Nuno Baltazar.
Em relação à profissão ' hairstylist', Vasco Freitas salienta que se pode distinguir do cabeleireiro tradicional porque este profissional, além de ser um bom executante, tem a “obrigação de absorver todas as informações e de ter a visão necessária para criar algo seu ou algo específico para alguém, criando novas tendências”.
Nas passerelles onde desfilam os cabelos produzidos por Vasco Freitas, é possível testemunhar essa capacidade de criar novos conceitos e de usar tanto técnicas tradicionais como as mais inovadoras para dar origem a novos penteados que acrescentam brilho e glamour ao conjunto final.
Pensar em grande, ser ambicioso
Este talento de Vasco Freitas tem levado o jovem estilista a desenhar cabelos um pouco por todo o mundo, embora ainda sinta uma “dor de estômago e um nervoso miudinho” antes de cada desfile. Quanto à diferença entre trabalhar cá ou no estrageiro, o 'hairstylist' salienta que embora lhe agrade trabalhar “numa escala mundial”, os projetos em Portugal têm um sabor especial, já que aqui “trabalhamos com amigos”.
Neste momento, os serviços de Vasco foram requisitados para o outro lado do Atlântico, ou seja, para o Brasil, de onde o 'hairstylist' respondeu às perguntas do Boas Notícias e onde se encontra num trabalho, por enquanto, “sigiloso”, com um cliente particular. Sobre o sucesso, Vasco garante que o segredo é “pensar em grande, ser ambicioso e ver a evolução como um desafio e não como uma barreira a ultrapassar”.
Clique AQUI para aceder ao site de Vasco Freitas e ver o trabalho deste jovem 'hairstylist'.