Um cardiologista português vai consultar, de forma gratuita, na Guiné-Bissau, 350 doentes guineenses que, inicialmente, aguardavam para serem transportados para Portugal.
Um cardiologista português vai consultar, de forma gratuita, na Guiné-Bissau, 350 doentes guineenses que, inicialmente, aguardavam para serem transportados para Portugal. No seu primeiro dia naquele país africano, o médico atendeu, sem quaisquer custos, 92 pacientes.
A notícia é avançada pela Lusa, que escreve que o médico português foi levado até Bissau pela Fundação Ricardo Sanhá e começou a dar consultas no hospital Simão Mendes na quinta-feira. Até ao final do dia seguinte, o objetivo passava por atender outros 69 doentes com problemas cardíacos.
Em declarações àquela agência noticiosa, Ricardo Sanhá, o patrono da fundação com o mesmo nome, explica que, desde a sua criação, em 2009, a entidade tem procurado reduzir o número de doentes guineenses que vão em junta médica para Portugal.
De acordo com Sanhá, originário da Guiné-Bissau mas formado e residente em Portugal há vários anos, há casos de doentes que são levados para Portugal e que podiam ser tratados no próprio país, o que, no seu entender, é de lamentar e deve ser alterado.
O mentor da fundação conta, por exemplo, que o especialista português enviado para a Guiné descobriu recentemente, no hospital Simão Mendes, a existência de equipamentos que podiam ser usados para tratar doentes com problemas cardíacos mas que não estão a ser aproveitados.
“Descobrimos que há equipamentos mas os próprios técnicos que estão no hospital desconheciam que esses equipamentos existiam lá. São equipamentos de ponta que vamos usar para tratar os doentes”, revela.
É pena que esses equipamentos estejam aqui há três anos sem que fossem usados para atender os doentes”, lamenta Ricardo Sanhá, enaltecendo, porém, o trabalho do cardiologista português, que tem sido apoiado por médicos guineenses.
Apesar de poderem ser consultados no seu país natal, os doentes que precisarem de intervenções cirúrgicas serão transportados para Lisboa ou para Dakar, no Senegal, sendo todas as despesas cobertas pela fundação.
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