Um grupo internacional de investigadores coordenado por uma equipa da Universidade de Newcastle, em Inglaterra, encontrou uma forma de combater as causas da asma, doença crónica que estreita as vias respiratórias e dificulta o fluxo de ar.
Um grupo internacional de investigadores coordenado por uma equipa da Universidade de Newcastle, em Inglaterra, encontrou uma forma de combater as causas da asma, doença crónica que estreita as vias respiratórias e dificulta o fluxo de ar. De acordo com os especialistas, a descoberta poderá trazer um método mais eficaz para tratar a patologia.
Os sintomas da asma causados por vírus podem ser difíceis de tratar com as soluções atuais e foi por isso que estes cientistas se dedicaram a estudar o problema. Após vários anos de investigação, a equipa desvendou duas proteínas que desempenham um papel importante no desencadear dos ataques de asma ao entrarem em contacto com vírus ou partículas do pó.
Quando isto acontece, os níveis de uma das proteínas, a midline-1, aumentam, ao passo que os níveis da outra, phosphatase 2A, tendem a diminuir. Visto que esta última é a responsável pelo controlo de outras proteínas associadas à produção de muco e ao desenvolvimento de processos inflamatórios, os seus níveis reduzidos conduzem a crises de asma.
“Estas proteínas [a midline-1 e a phosphatase 2A] são geradas numa camada interna das vias respiratórias, o local onde o organismo tem o primeiro contacto com alérgenos e vírus”, esclarece Adam Collison, um dos autores do estudo, em comunicado citado pelo portal Medical Daily.
“Depois de serem ativadas, [as proteínas] tendem a controlar vários outros factores relacionados com a doença, pelo que o ideal é colocá-las como alvo dos tratamentos em vez de procurar combater os efeitos secundários”, acrescenta Collison.
Em sequência da investigação, cujos resultados foram publicados na revista científica Nature Medicine, os especialistas começaram já a testar agentes terapêuticos capazes de ter como alvo estas proteínas.
“Observámos que este caminho funciona nas células dos asmáticos e os nossos modelos pré-clínicos da doença mostraram que é possível inibir o desencadeamento das crises de asma, causadas tanto por alérgenos, como por vírus”, conclui Joerg Matters, o autor principal do estudo.
Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês) na Nature Medicine.