Fazer pequenas caminhadas quatro vezes por semana pode reduzir o risco de morte prematura nos idosos em até 40%, concluiu um grupo de investigadores italianos.
Fazer pequenas caminhadas quatro vezes por semana pode reduzir o risco de morte prematura nos idosos em até 40%. A conclusão é de um grupo de investigadores italianos, que constataram que andar durante 15 minutos ao ar livre com regularidade pode ser suficiente para aumentar em alguns anos a longevidade dos mais velhos.
Os investigadores estudaram, ao longo de uma década, um total de 156 residentes de um lar para idosos, fisicamente ativos, cuja idade média rondava os 80, e descobriram que aqueles que caminhavam com frequência tinham uma esperança de sobrevivência 40% superior à daqueles que não o faziam.
O resultado manteve-se mesmo quando foram considerados outros factores, como os hábitos tabágicos, o consumo de café ou a dieta. Ao longo do estudo, publicado na revista científica Maturitas, dois em cada três participantes morreram, permitindo aos investigadores determinar a diferença entre os que viveram menos e os que continuavam a sobreviver.
“Em termos gerais, a taxa de sobrevivência foi mais elevada para aqueles que faziam quatro caminhadas semanais de, pelo menos, 15 minutos ao ar livre, em comparação com os que andavam menos tempo por semana”, explicaram os investigadores, citados pelo portal Medical Daily.
Resultados são incentivo ao exercício entre os mais velhos
“Depois de considerarmos o sexo, a idade, a educação, as doenças crónicas, os hábitos tabágicos e o índice de massa corporal, [constatámos que] as pessoas mais velhas que faziam estas caminhadas corriam um risco de mortalidade 40% inferior ao dos que caminhavam menos”, revelaram os especialistas.
De acordo com a equipa, a justificação para esta diferença poderá estar no facto de o hábito de caminhar atrasar o desenvolvimento de doenças cardíacas e prevenir problemas como enfartes e outros episódios que, muitas vezes, são fatais para os idosos.
Além disso, apanhar ar fresco e fazer exercício melhora também as capacidades do sistema imunitário, o que ajuda a prevenir infeções, a fortalecer os ossos – evitando, por exemplo, quedas entre os mais velhos – e a reduzir a obesidade.
Os investigadores observaram também que os idosos que caminhavam regularmente tendiam a ter hábitos alimentares mais saudáveis e a ser mais alegres, apresentando uma menor tendência para a depressão.
“Os nossos resultados sugerem um efeito independente e protetor das caminhadas no que respeita à mortalidade e deverão servir para incentivar prática de atividade física em idade avançada com vista ao aumento da longevidade”, concluiu a equipa.
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