Ao incentivar esta transformação do lixo em bolsas e mochilas, a Tem Quem Queira procurou, em simultâneo, impulsionar a economia brasileira e empregou os atuais presos e os ex-presidiários.
Segundo o que Adriana Greyner, coordenadora da ONG, revelou ao site brasileiro Ciclo Vivo, esta é a oportunidade de que estas pessoas precisam para começar de novo. “A resposta tem sido muito boa. Praticamente 100% dos ex-presidiários conseguem a reinserção económica”, salientou.
As oficinas desta ONG já receberam cerca de 500 presos em regime fechado, semiaberto, aberto e também em liberdade condicional. Hoje em dia, apenas 30 estão a contribuir com a Tem Quem Queira. Em paralelo, a empresa dispõe de um espaço para os antigos presos trabalharem nas ruas como vendedores ou entregando os produtos que reciclam.
Adriana Gryner disse acreditar que esta é uma boa iniciativa mas admitiu que muitos empresários sentem algum preconceito em trabalhar com alguém que já esteve preso. No entanto, a líder da ONG deixou um alerta.
“Se um empresário empregar um ex-recluso é menos um que vai voltar para o mundo da criminalidade. Muitas vezes as pessoas roubam porque não têm alternativa, mas se lhes dermos uma oportunidade, então estamos a ajudar a baixar os índices criminais”, concluiu.
[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]