Saúde

Vacina pioneira controla VIH temporariamente

Acaba de ser divulgada uma vacina capaz de controlar, temporariamente, o VIH em pacientes infetados. O medicamento foi desenvolvido, durante sete anos, por um grupo de cientistas, liderados pelo espanhol Josep Maria Gatell.
Versão para impressão
Acaba de ser divulgada uma vacina capaz de controlar, temporariamente, o VIH em pacientes infetados. O medicamento foi desenvolvido, durante sete anos, por um grupo de cientistas, liderados pelo espanhol Josep Maria Gatell.

Esta vacina educa as células do sistema imunitário para destruir o vírus e pode ser uma alternativa à terapia atual, que se baseia numa monoterapia com medicamentos antirretrovirais e nem sempre é eficiente além de ser muito dispendiosa.

No estudo, publicado na edição desta semana da revista científica Science Translational Medicine”, o grupo de investigadores do hospital Clinic, sediado na Universidade Barcelona, criaram uma vacina composta por células dendríticas derivadas de monócitos – um tipo de glóbulos brancos que faz parte do sistema imunitário dos próprios pacientes, à qual adicionaram o VIH do paciente inativado pelo calor.

De forma a testar a eficácia desta vacina como uma opção no tratamento de doentes infetados com SIDA, os investigadores realizaram testes em 36 pacientes, que pararam de fazer a monoterapia, a fim de controlar a replicação viral no organismo.

Os resultados analisados revelaram que esta vacina consegue controlar a replicação viral reduzindo em 90% a propagação do vírus no organismo do que na fase inicial da infeção. Assim, utilizando as células do próprio sistema imunitário dos portadores do VIH, os cientistas conseguiram dar instruções ao mecanismo de defesa do organismo.

Contudo, a eficácia desta vacina apenas se mantém, no máximo, por um ano perdendo a sua  força ao fim de 24 semanas. Após um ano, os pacientes precisam de retomar a terapia à base dos fármacos antirretrovirais para controlar o vírus no organismo.

Apesar deste fator, os cientistas acreditam que esta vacina poderá significar o início do controlo da doença sem os antirretrovirais, que além de caros devem ser utilizados durante toda a vida dos pacientes infetados.

Agora, a equipa pretende trabalhar mais a vacina combinando a mesma com outros procedimentos terapêuticos de modo a conseguirem controlar o vírus sem recorrer aos antirretrovirais.

Clique AQUI para aceder ao estudo (sujeito a subscrição).

[Notícia sugerida por Ricardo Pinto]

Comentários

comentários

Etiquetas

PUB

Live Facebook

Correio do Leitor

Mais recentes

Passatempos

Subscreva a nossa Newsletter!

Receba notícias atualizadas no seu email!
* obrigatório

Pub

Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saiba mais aqui.

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close