O estudo publicado, em meados de Dezembro, no jornal científico “PLos Biology” conseguiu desvendar algo nunca antes feito, podendo constituir um passo importante para o desenvolvimento de um novo fármaco capaz de travar a transmissão do VIH no corpo humano.
Atualmente, os medicamentos utilizados não conseguem eliminar totalmente o vírus do VIH visto que este se aloja no interior das células dendríticas, que fazem parte do sistema imunitário, utilizando as mesmas para propagar o vírus e infetar o organismo.
Mas o trabalho desenvolvido por estes cientistas conseguiu descodificar a forma como o vírus se aloja nestas células. Já no início do ano, a equipa da IrsiCaixa tinha identificado umas moléculas, as gangliosides, na superfície do VIH que são reconhecidas pelas células dendríticas sendo responsáveís pela propagação do vírus.
Agora, os cientistas identificaram uma outra molécula, na superfície destas células, que permite o reconhecimento do VIH e a sua propagação aos linfócitos T, uma situação que inibe o sistema imunitário.
Contudo, a parte mais importante da investigação prende-se com o facto dos cientistas terem conseguido uma família de proteínas presentes nas células dendríticas – as proteínas Siglecs – que, se forem inibidas, fazem com que as dendríticas percam a sua capacidade de capturar e propagar o VIH.
Os cientistas acreditam que esta descoberta será fundamental para combater a Sida e para evitar a propagação de outros vírus que agem de forma semelhante ao VIH.
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