Depois de S. João da Madeira, é a vez de Bragança anunciar que também vai oferecer aos alunos do primeiro ciclo aulas de mandarim a partir do ano letivo de 2013/2014.
Depois de S. João da Madeira, é a vez de Bragança anunciar que também vai oferecer aos alunos do primeiro ciclo aulas de mandarim a partir do ano letivo de 2013/2014. O objetivo é que a cidade se comece “a afirmar como núcleo da cultura chinesa e da língua chinesa” no interior português e na fronteira com Espanha.
O anúncio foi feito esta terça-feira em Macau por João Sobrinho Teixeira, presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB). “Temos um projeto emblemático para iniciar o mandarim logo na primeira classe, no primeiro ano do ensino básico, para os alunos com seis anos”, revelou o dirigente a margem de um fórum naquela região administrativa chinesa.
Segundo João Sobrinho Teixeira, o projeto de ensino de mandarim vai resultar de uma parceria que envolve o Politécnico, a Câmara Municipal de Bragança e a Universidade de Pequim em Zhuhai.
Depois de um período experimental de um mês e meio, a partir de Junho do próximo ano, o ensino da língua chinesa vai iniciar-se efetivamente em Setembro com um professor que será destacado para Bragança por aquela universidade chinesa.
Uma cidade portuguesa próxima da China
“Esperamos que, com este embrião, Bragança se comece a afirmar como núcleo da cultura chinesa e da língua chinesa, na região do interior de Portugal e na região vizinha com Espanha”, sublinhou João Sobrinho Teixeira, que celebrou também, a semana passada, um acordo com a Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim (Beiwai).
O acordo em causa firmado com a primeira universidade chinesa a abrir uma licenciatura em português, que arrancou em 1961, tem como objetivo incentivar o intercâmbio e o aperfeiçoamento da língua portuguesa por parte dos alunos chineses, estimando-se que vá aumentar o número de universitários da China na cidade de Bragança que são, atualmente, cerca de 50, sobretudo nos cursos de português e jornalismo.
Além disso, foi ainda estabelecida uma parceria com a câmara municipal de Bragança, que incluiu a candidatura a fundos europeus para a recuperação de casas do centro histórico destinadas a alojar alunos estrangeiros.
Saliente-se que, em Outubro deste ano, o IPB inaugurou o Centro de Língua e Cultura Chinesas, um projeto “pioneiro”, nas palavras de Sobrinho Teixeira, e que é “um espaço próprio da Universidade de Pequim em Zhuhai aberto para o politécnico e para a região e que irá fazer traduções e divulgar a cultura chinesa não só em Bragança, mas em todos os municípios da região”.
O centro deverá também ajudar “na facilitação de negócios entre os empresários de ambas as regiões”, concluiu o presidente do instituto.