Desta investigação participaram 60 crianças, com idades entre 3 e 11 anos, portadoras de autismo. Os testes realizados seguiram o método duplo-cego, que consiste na análise da eficácia de um novo medicamento sem que os cientistas e as pessoas testadas saibam qual a natureza do medicamento usado nos testes.
Durante três meses, de forma aleatória, as crianças ingeriram ora o diurético bumetanida (na proporção de 1 mg por dia) para “reduzir os níveis de cloro” nas células, ora um placebo.
Além dos três meses em que foram acompanhadas, os investigadores seguiram as crianças por mais um mês, em que nenhum medicamento foi administrado. Depois foram avaliados os sintomas autisticos ocorridos no início dos testes, ao fim de três meses e no quarto e último mês.
Os resultados verificados demonstraram que três quartos das crianças apresentaram uma melhoria significativa nos sintomas, diminuindo em muito a severidade dos distúrbios provocados pelo autismo, que impossibilitam os portadores desta doença de desenvolver as suas capacidades de socialização.
Quando o tratamento à base do diurético foi suspenso, alguns problemas reapareceram com mais intensidade, como as dificuldades em interagir com outras pessoas e manter a concentração.
Concluída a fase de testes, os cientistas pretendem avançar com um estudo à escala europeia (para o qual esperam obter autorização) para determinar a população que poderá ser abrangida por este tratamento.
O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento que afeta as capacidades de comunicação e socialização das pessoas portadoras deste transtorno.
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