Os progressos no combate à SIDA alcançados até agora podem conduzir ao fim da epidemia. Quem o afirma é o diretor para os assuntos políticos da ONUSIDA, Luiz Loures.
Os progressos no combate à SIDA, alcançados até agora, podem conduzir ao fim da epidemia. Quem o afirma é o diretor para os assuntos políticos da ONUSIDA, Luiz Loures.
De acordo com o relatório global da agência da ONU para a SIDA (ONUSIDA), divulgado esta terça-feira registou-se uma quebra significativa no número de novas infeções por HIV e de mortes relacionadas com a doença.
“Em 25 países, temos uma redução das taxas de transmissão do HIV de 50 por cento, sendo que 13 desses países estão em África e são dos mais afetados”, revelou Luiz Loures em declarações à Lusa.
O diretor ainda destacou que o número de pessoas que se encontram em tratamento é maior do que o número de pessoas que estão à espera para serem tratadas, um facto “inédito”.
Assim, Luiz Loures acredita que os avanços alcançados no combate a esta epidemia permitem que se comece “a falar que é possível caminhar para o fim da SIDA”.
Situações preocupantes na Europa do Leste e Médio Oriente
Apesar das melhorias, o responsável alerta para algumas situações preocupantes na Europa do Leste e no Médio Oriente. “[Na Europa de Leste] a epidemia continua a crescer de forma preocupante” por culpa “das dificuldades de acesso aos programas de prevenção por parte dos utilizadores de drogas”.
Já no Médio Oriente, “a pouca abertura” para tratar de assuntos relacionados com a transmissão da SIDA é o que torna difícil dar resposta ao problema de forma mais adequada.
Embora o continente africano tenha progredido, os “maiores desafios” a enfrentar permanecem nesta região, onde está concentrado o maior número de pessoas afetadas.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]