Para incentivar a natalidade, o município de Terras de Bouro decidiu pagar as vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação a todos os bebés que nasçam no concelho.
Para incentivar a natalidade, o município de Terras de Bouro decidiu pagar as vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação a todos os bebés que nasçam no concelho. No âmbito do programa, cada criança terá direito a uma espécie de “cheque farmácia” no valor de 600 euros.
Em declarações à Lusa, o presidente da autarquia, Joaquim Cracel, explicou que este montante “é para ser gasto em duas farmácias do concelho com as quais a câmara tem protocolos, podendo ser utilizado para a compra das vacinas pneumocócica e contra o rotavírus”, referiu.
Além disso, de acordo com o autarca, as vacinas podem ser substituídas, total ou parcialmente, por artigos de puericultura, bens alimentares e de higiene para bebés. “Desta forma, queremos garantir que o apoio que concedemos é mesmo utilizado para beneficiar o bebé, o que até aqui nem sempre acontecia”, admitiu.
Segundo Joaquim Cracel, a alteração ao Regulamento de Incentivo à Natalidade em Terras de Bouro foi publicada no final de Outubro em Diário da República mas, só por si, a medida “não tem grande efeito”, visto que tem vindo a registar-se um decréscimo de nascimentos no concelho – este ano, a autarquia apenas concedeu 30 apoios, contra os 52 de 2010 e os 41 do ano passado.
“O emprego no concelho escasseia, a crise também não ajuda nada e, naturalmente, os casais ou partem para outras terras ou retraem-se no número de filhos”, lamentou o presidente da câmara.
A Câmara de Terras de Bouro atribuía, desde 2009, 600 euros pelo nascimento do primeiro filho, um valor que subia para 900 pelo segundo e para 1.200 para o terceiro e seguintes.