Cientistas britânicos, franceses, austríacos e israelitas procederam à análise de diversas amostras de plantas recolhidas em museus, associadas a determinados períodos da história do Egipto antigo. A aplicação de técnicas de radiocarbono permitiu con
Cientistas britânicos, franceses, austríacos e israelitas procederam à análise de diversas amostras de plantas recolhidas em museus, associadas a determinados períodos da história do Egipto antigo. A aplicação de técnicas de radiocarbono permitiu construir uma cronologia mais precisa daquela civilização. Ao todo, foram estudadas 211 plantas por meio da análise de sementes, têxteis, frutos ou recipientes encontrados em escavações. As conclusões da investigação, publicadas na revista Science, revelam que a cronologia agora construída oferece datas mais precisas e exatas, além de estabelecerem que alguns dos períodos da história egípcia são mais antigos do que se julgava.
Esta cronologia científica, obtida através da aplicação de carbono 14, revela que o reino de Dyeser começou entre os anos 2691 e 2525 antes de Cristo, quando as datações precedentes o situavam no ano 2630 antes de Cristo. Também o novo Império terá começado 20 anos mais tarde – entre 1570 e 1544 a.C. e não em 1500 a.C.
Bronk Ramsey, investigador da Universidade de Oxford e principal autor deste estudo, afirma em comunicado que “pela primeira vez, o carbono 14 é suficientemente preciso para estabelecer uma cronologia absoluta”. “Acho que os egiptólogos celebrarão ao saber que com uma pequena equipa de pesquisa independente corroborámos um século de pesquisas em apenas três anos de trabalho”, acrescentou.