Há escolas portuguesas que estão a utilizar os lucros obtidos no bar ou papelaria ou através do aluguer de pavilhões para prestar apoio ao número crescente de crianças e jovens carenciados que ainda não está abrangido pelo apoio social.
Há escolas portuguesas que estão a utilizar os lucros obtidos no bar ou papelaria ou através do aluguer de pavilhões para prestar apoio ao número crescente de crianças e jovens carenciados que ainda não está abrangido pelo Apoio Social Escolar (ASE).
Muitas destas crianças e jovens pertenciam a famílias de classe média que, de forma repentina, perderam os empregos, fazendo com que, diariamente, professores e funcionários dos estabelecimentos de ensino nacionais descubram novos casos de alunos com dificuldades, que tentam ajudar com a oferta de refeições quentes, lanches e manuais escolares.
Um dos exemplos chega da Escola Secundária de Palmela, onde, escreve a agência Lusa, os funcionários detetaram, em apenas um mês, cerca de 10 alunos que precisam de ajuda mas não dispõem de ASE, visto que as últimas declarações que entregaram ainda dizem respeito à situação vivida pelos encarregados de educação há dois anos.
Para ajudar estes jovens, revela um dos funcionários dos serviços de ação social daquela escola, a direção passou a usar parte dos lucros do bar e da papelaria para pagar os lanches durante os dias de semana.
Outros caso idênticos estão a verificar-se no agrupamento de Escolas nº 2 de Portalegre e na Escola Secundário Gago Coutinho, em Alverca do Ribatejo, onde as crianças a necessitar de apoio são cada vez mais.
Nestas instituições, os responsáveis têm-se empenhado em garantir “pelo menos uma refeição quente e um reforço a meio da manhã e a meio da tarde”, dando resposta aos pedidos de auxílio com recurso a verbas próprias angariadas, entre outros meios, com o aluguer de pavilhões.