Sociedade

Desempregados cultivam horta e apoiam carenciados

Um grupo de jovens desempregados de Chaves arregaçou as mangas e decidiu fazer algo pela comunidade, dedicando-se à agricultura e criando uma horta social que já ajudou, até ao momento, 300 famílias carenciadas do concelho.
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Um grupo de jovens desempregados de Chaves, membros de uma associação juvenil, arregaçou as mangas e decidiu fazer algo pela comunidade, dedicando-se à agricultura e criando uma horta social que já ajudou, até ao momento, 300 famílias carenciadas do concelho.
 
A associação “A Voz da Juventude”, da qual os jovens fazem parte, dispunha de um terreno cedido pela autarquia e, unindo boas ideias com vontade de trabalhar, rapidamente passou da teoria à prática.
 
Na maioria licenciados e sem emprego, os jovens portugueses começaram a cultivar produtos como batatas, cebolas, pimentos, tomates e alfaces e a distribuí-los, depois, pelos agregados familiares da cidade que se debatem com maiores dificuldades económicas, causadas por situações de desemprego prolongado, catástrofe, morte, abandono ou prisão.
 
Em declarações à Lusa, o presidente da associação, Hugo Silva, salientou que ser agricultor não é tarefa fácil, mas garantiu que a felicidade das pessoas quando recebem os hortícolas que cultivam compensa o esforço. “Trabalhar na agricultura dá muito trabalho porque é preciso preparar a terra, semear, sachar, mas o resultado final é compensatório”, afirmou.
 
Antes do início do projeto, nenhum dos jovens “percebia” de agricultura mas, com o decorrer do trabalho e com a ajuda de dicas encontradas na Internet, já são “quase especialistas na matéria”, revelou Hugo, acrescentando que, no terreno, o grupo construiu até uma estufa rudimentar com plásticos e ramos de árvores inspirada num molde descoberto online. 

Objetivo é “tornar as famílias mais felizes”
 
“Semeamos as sementes na estufa e depois transplantamo-las para o terreno. O trabalho é feito por turnos e conforme a nossa disponibilidade”, explicou o responsável, destacando que, apesar de os agricultores serem apenas nove, na altura da colheita as “mãos voluntárias” se multiplicam e conseguem dar conta do recado com a “boa vontade” dos amigos, namoradas/os e familiares.
 
A distribuição dos alimentos é também feita nas suas próprias viaturas, coincidindo com a ação do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados (PCAAC). Segundo Hugo, no concelho de Chaves, os pedidos de ajuda são cada vez maiores e há situações extremas, pelo que uma ajuda “extra” é cada vez mais necessária.
 
“O nosso objetivo é dar um pouco de nós aos outros e tornar as famílias mais felizes”, sublinhou. A missão tem sido bem-sucedida e as ideias não páram de crescer. Na próxima distribuição de alimentos, por exemplo, um nutricionista irá acompanhar os voluntários e, gratuitamente, aconselhar as famílias a manter uma alimentação saudável e explicar-lhes como conseguir refeições nutritivas a baixo custo. 
 
Além disso, a associação vai ainda levar a cabo uma campanha especial de Natal para angariar produtos e responder ao aumento de pedidos de ajuda.

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