Até 19 de setembro, o Museu da Electricidade, em Lisboa, apresenta uma exposição com uma temática original. "Povopeople" quer mostrar "o povo", nas suas mais variadas manifestações.
Até 19 de setembro, o Museu da Electricidade, em Lisboa, apresenta uma exposição com uma temática original. “Povopeople” quer mostrar “o povo”, nas suas mais variadas manifestações.Representado como uma força coletiva entre multidões, este povo avança nas marchas, manifestações ou num estádio de futebol. É o povo que enche as ruas, todos os dias, no vai-vém da ida para o trabalho.
No percurso proposto pelas 300 obras de arte e centenas de de filmes e documentos que constituem a exposição, pergunta-se ao visitante/espectador “o que é e quem é dentro desse povo” – as palavras são de José Manuel dos Santos, coordenador da mostra e Presidente da Fundação EDP, que acrescenta: “esta não é uma exposição etnográfica”.
João Pinharanda, José Neves e Diana Andringa são os comissários da exposição. “Depois do 25 de Abril, o povo era sempre representado por uma camponesa, um operário e um militar, no salazarismo, eram as multidões a ouvir os discursos de Salazar, o povo é o mesmo, mas a forma de o olhar e de o representar vai mudando e é essa mudança que queremos dar a conhecer”, explica Diana Andringa, responsável pelos audiovisuais.
“Povopeople” integra as comemorações do centenário da República e, por isso, centra-se no Portugal do século XX. Mas José Manuel dos Santos frisa que “a portugalidade aqui é secundária porque o que queremos mostrar são as metamorfoses do povo e do conceito de povo”.
As próprias áreas culturais, emblematicamente, vão das chamadas “nobres” às mais populares, misturando cinema e literatura, quadros e fotografias, cartazes e ‘cartoons’, televisão e música. Tudo à procura do povo que nós somos, onde cada um é protagonista e espectador.