A mais antiga central nuclear espanhola de Garoña, em Burgos, vai cessar a sua atividade no dia 06 de Julho de 2013, uma vez que a empresa gestora do projeto, a Nuclenor, renunciou a renovação da licença de exploração.
De acordo com a Reuters, em Julho, o Ministério da Indústria espanhol revogou um pedido para fechar a planta em 2013, dando, no entanto, uma oportunidade à Nuclenor de pedir uma licença para manter a fábrica até 2019.
O prazo para a empresa apresentar ao Ministério da Indústria espanhol um pedido de renovação da licença de funcionamento terminou na quarta-feira, com a Nuclenor – controlada pelas duas maiores elétricas espanholas, a Iberdrola e a Endesa – a informar que “não está em condições de solicitar a renovação de autorização de exploração da central nuclear de Santa María de Garoña”.
Sobre esta decisão, a Nucleanor alegou algumas incertezas quanto às “novas condições que poderão ser estabelecidas para a produção nuclear, no âmbito da reforma energética que deve ser aprovada pelo Governo”.
O governo espanhol prepara uma reforma no que toca à energia nuclear que prevê a alteração de tarifas e taxas impostas às diferentes fontes de energia.
Ainda segundo o jornal El País, para funcionar em segurança até 2019, a Nuclenor teria que investir na central cerca de 100 milhões de euros, de modo a cumprir as exigências de segurança do Conselho de Segurança Nuclear espanhol. Assim, aguarda-se a 06 de Julho de 2013 o fecho da atividade na mais antiga central nuclear de Espanha.
Fukushima e a reforma energética espanhola
A mais antiga central nuclear espanhola, em Garoña, projeto concebido pela General Electric, está ativa desde 1971 e é considerada pelos ecologistas do Greenpeace uma “gémea” da central nuclear japonesa de Fukushima, que em Março de 2011 sofreu o maior acidente nuclear desde Tchernobil, na Ucrânia, em 1987.