Utilizando teares tradicionais feitos de madeira idênticos aos que se usavam há centenas de anos, esta artesã de 31 anos chega a trabalhar 12 horas por dia, num pequeno atelier na freguesia rural de Fridão, transformando o linho natural em colchas, tapetes, toalhas e telas, que vende todos os dias para vários pontos do país.
O projeto, que até agora tem gozado de um amplo sucesso, começou há 11 anos. Em declarações à Lusa, Marta conta que, na altura, estava desempregada e foi então que decidiu criar um negócio através do ofício que executava desde criança.
Atualmente emprega mais uma artesã, pois Marta concilia o trabalho de tecedeira com a faceta empresarial, estabelecendo e mantendo os contactos com fornecedores e clientes.
Uma tradição renovada que seduz o público
Para além dos modelos tradicionais, a tecedeira também aposta num público-alvo mais jovem. Empregando as técnicas tradicionais, que aprendeu com a sua mãe, imprime um cunho mais jovial às peças usando cores ousadas ou personalizando produtos, e também aqui o desafio superou as expectativas.
Com tanto sucesso, Marta Cruz, é convidada regularmente para participar nas maiores feiras de artesanato do país, atividade que gosta muito de desempenhar, pois pode comunicar com o público.
“Gosto muito de fazer feiras. Além das vendas, também tenho prazer em mostrar aos visitantes como se fazem estas peças, também para eles perceberem a razão de serem caras”, realçou a tecedeira.